O prefeito Antônio Aiacyda chegou à metade do mandato: dois anos de um total de quatro. É bom que se frise, terceiro mandato. Das promessas feitas em 2016 poucas foram cumpridas. A principal delas, na área da Saúde, nem sequer foi esboçada e ficou restrita aos panfletos espalhados pela cidade durante a campanha eleitoral. O Hospital Anjo Gabriel, de amplas e modernas instalações, ainda que precise de ajustes, segue fechado e utilizado para fins pouco nobres. O prefeito não se interessa por colocá-lo em funcionamento e também, quando ainda podia, não solicitou ajuda ao Governo do Estado. O local agora é um ‘elefante branco’ de R$ 9 milhões, num município pobre, carente e com uma saúde pública claudicante há muitos anos.
A forma como Aiacyda governa a cidade, sem atos ousados, sem visão global dos problemas e apenas se ocupando do varejo, fez com que Mairiporã patinasse em seu desenvolvimento. Até a década de 1990 era a segunda cidade da região. Hoje, é a quarta, à frente apenas de Francisco Morato.
A economia vai mal, os empreendimentos privados foram reduzidos e quem ainda se aventura fecha as portar dois, três meses depois. A geração de empregos foi a pior dos últimos quatro anos e não há perspectivas de que esse quadro possa mudar.
Há uma lista longa de promessas que deixaram de ser cumpridas, e que muitos segmentos da sociedade já sabiam se tratar apenas de material de campanha, um artifício dirigido aos incautos, que a cidade tem aos montes.
Este jornal tem destacado quais os entraves para o desenvolvimento tão esperado, que esbarra na pobreza de ideias que permeia o Executivo.
Na lista de anos a fio, questões ligadas à mobilidade urbana, saneamento básico, segurança pública, incentivo à economia na geração de empregos e mudanças profundas no Plano Diretor, Código de Posturas e Planta Genérica de Valores. Nada avançou! Projetos para sanar ou pelo menos minorar esses problemas não estão nem em estágio embrionário.
O que prefeito realizou nesses dois anos é um repeteco do que fez em seus mandatos anteriores. Tem foco só em pavimentação, agora com concreto em substituição ao asfalto, e em Educação, por força constitucional de se investir 25% do orçamento.
Infelizmente a cidade está condenada a mais do mesmo. Pelo menos até 2020.