O anúncio do novo Orçamento do Município para 2018 frustrou a expectativa da cidade em avançar no próximo ano, em solucionar velhos problemas, oferecer novos caminhos para a população, principalmente na área da Saúde.
A peça orçamentária enviada à Câmara padece de criatividade e de vontade política. Em relação ao que está vigente, o crescimento é de parcos 1,3%.
Não é novidade que os problemas financeiros já duram pelo menos três anos, com direito a queda brusca de arrecadação. Mas esse fato não pode servir de desculpa eternamente. Ele foi usado e abusado pelo prefeito anterior e ao que parece vai continuar até 2019.
A esperada e prometida mudança de rumo feita por Aiacyda durante a campanha eleitoral ficou só na promessa. Em um ano perdido, com problemas em ritmo crescente, o Executivo decidiu enviar contribuintes a protesto e aumentar a taxa de lixo em 40%. Neste último caso, por conta de um ‘déficit’ que segundo sua tropa de choque na Câmara ‘tende a crescer’.
Não se vislumbra, em 2018, que a Prefeitura consiga recursos do Estado e da União, por se tratar de ano eleitoral, portanto restrito a repasses de verbas. A equação ‘ano eleitoral + orçamento de 2018’ ilustra bem como vão ser os próximos doze meses a partir de janeiro.
O volume estimado de receita também não vai permitir que o prefeito passe a fazer uso dos dois prédios que deveriam estar a serviço da população, e que encontram-se fechados: Hospital Anjo Gabriel e Centro Educacional. As desculpas que o governo municipal apresentou até agora foram e são estúpidas. Os prédios estão se deteriorando.
Enquanto por aqui o prefeito usa sua velha e carcomida desculpa de que herdou uma Prefeitura quebrada e que não tem dinheiro, mas nomeia mais de 100 apadrinhados políticos em cargos de comissão, cidades vizinhas prosperam, avançam com olhar no futuro e seus prefeitos não usam de artifícios manjados para explicar questões que demandam tão somente vontade de fazer e fazer bem feito.
Quem deita olhos mais atentos às estatísticas econômicas sobre as cinco cidades da região nota que Mairiporã está ficando para trás, com governos municipais cujos titulares cada vez mais parecem gerentes de folha de pagamento e menos gestores. Só que aqui, com o agravante da conivência dos vereadores.