Mairiporã tem segundo maior aumento de roubos dentre as cidades da região

O número de roubos diversos (veículos, celulares, bolsas, etc) registrou aumento de 2,14% em Mairiporã, quando comparados os dados do primeiro quadrimestre de 2021 com o mesmo período de 2022. Só ficou atrás de Caieiras, que teve 57% a mais.

Os dados são da SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado e, segundo especialistas, fatores como maior concentração de renda no município e o aumento na circulação de pessoas, com o cenário mais controlado da pandemia, estão entre as causas.

Analistas ouvidos pela reportagem dizem que não é preciso ser especialista para constatar que a segurança piorou nos últimos anos e que se havia a sensação de inseguranç, porém não condizia com os índices, hoje os dados de criminalidade justificam o medo.

O temor de assalto, exemplificam, faz com que muitos indivíduos não consigam mais sair de casa.

Além de Caieiras e Mairiporã, também Franco da Rocha registrou aumento nos roubos, de 4,7%. Já Cajamar (-10,2%) e Francisco Morato (-7%) tiveram viés de baixa nos dois quadrimestres comparados.

De janeiro a abril do ano passado, foram 301 roubos em Francisco Morato, 145 em Franco da Rocha, 96 em Mairiporã, 69 em Cajamar e 57 em Caieiras. Nos quatro primeiros meses deste ano, Francisco Morato reduziu para 280, Cajamar para 62, enquanto Caieiras deu um salto e chegou a 100 casos, Franco da Rocha totalizou 152 e Mairiporã a 122.

Em recente entrevista, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) comentou a alta dos índices criminais e afirmou que com a retomada das atividades, os números estão voltando aos patamares de 2019. “Lançamos a Operação Sufoco no começo de maio e não tenho dúvida que a ação vai refletir nos indicadores do mês de maio.”

Autoridades locais avaliam que o primeiro quadrimestre do ano passado foi o período mais crítico da pandemia e que o retorno da quase normalidade, com aumento na circulação de pessoas, tem relação com a elevação no número de crimes.

Por outro lado, sempre é bom frisar, em Mairiporã as polícias Militar e Civil tem se desdobrado no combate ao crime, mas faltam melhores condições de trabalho, como mais viaturas e equipamentos e um efetivo maior de policiais. (Cláudio Cipriani/CJ – Foto: Divulgação)