Mairiporã tem o maior percentual de alunos em atraso escolar na região

Em um ano, pouca coisa mudou no panorama de atraso escolar em Mairiporã. Em 2017, 927 estudantes das redes municipal e estadual de ensino tinham dois ou mais anos de atraso escolar. No ano passado, esse número caiu para 860. Os dados fazem parte do estudo ‘Panorama da distorção de idade-série no Brasil’, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
As informações, disponibilizadas por município na plataforma ‘Trajetórias de Sucesso Escolar’, trazem um diagnóstico do atraso escolar por etapa de ensino na educação básica, levando em conta o Censo Escolar do INEP/MEC.
A distorção dos estudantes que estão em atraso em relação a idade-série em Mairiporã é de 6,9%, a mais alta dentre as cidades da região.
As redes – A rede municipal, no ano passado, tinha 5.151 alunos sem distorção e 229 (4,2%) em atraso nos anos iniciais no Ensino Fundamental.
A rede estadual contabilizava 6.479 estudantes sem distorção, 386 (9,10%) em atraso nos anos finais do Ensino Fundamental e 245 (8,54%) no Ensino Médio, ou seja, um total de 631.
No quesito cor/raça, o estudo apontou 125 (cor não declarada – 9,63%); 433 (branca – 5,60%); 27 (preta – 9,38%); 274 (parda – 8,75%); 0 (amarela – 0%) e 1 (indígena – 20%).
Em gênero, 550 (8,56%) do sexo masculino e 310 (5,11%) do sexo feminino. Do total, 755 (6,81%) são da zona urbana e 105 (7,48%) da zona rural.
O panorama na região tem Caieiras com o menor percentual, 4,5% (639 alunos), seguida de Franco da Rocha, 5,8% (1.378 alunos), Cajamar, 6,5% (836 alunos) e Francisco Morato, 6,8% (2.188 alunos).
No Brasil, cada criança deve ingressar no 1º ano do Ensino Fundamental aos 6 anos e concluir o 9º ano aos 14. No Ensino Médio, o ingresso deve acontecer aos 15 anos e a conclusão aos 17.
A estratégia é uma iniciativa do Unicef para enfrentar a cultura de fracasso escolar que leva a essas múltiplas reprovações e, muitas vezes, à exclusão escolar.
No País, há mais de 28 milhões de estudantes matriculados nos ensinos fundamental e médio. Desses, mais de 6 milhões vão à escola, mas possuem dois ou mais anos de atraso escolar.