COM os números relativos a dezembro do ano passado, divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, no final da última semana, Mairiporã registrou pelo terceiro ano consecutivo números negativos na geração de empregos formais (com carteira assinada).
Apenas o setor do Comércio, com 14 vagas, apresentou resultado positivo em dezembro último. Os demais setores produziram perdas totais de 316 postos de trabalho. Se comparado a 2015, as perdas foram bem menores, cerca de 50%. Mas a tendência dos períodos anteriores se manteve, com mais demissões do que contratações.
Em dezembro do ano passado foram fechadas 59 vagas, resultado de 285 contratações e 344 demissões. Mais uma vez a Indústria de Transformação foi o setor que mais fechou postos de trabalho, com um total de 141. Durante todo o ano foram 4.475 admissões e 4.791 dispensas.
Para o analista Francisco Carlos Gomes Rodrigues, 2016 foi um ano atípico, pois o mercado de trabalho enfrentou a indefinição política do País e consequentemente os reflexos que ela gerou na economia. Nem mesmo as contratações temporárias de fim de ano contribuíram para minorar o problema.
“Recompor os demitidos ainda vai levar algum tempo. Mesmo com expectativas melhores para este ano, o primeiro semestre ainda será de dificuldades para as empresas voltarem a contratar”, disse Rodrigues.
Setores – No ano passado apenas o Comércio teve resultado positivo, com saldo de 14 vagas. Os demais demitiram mais: Indústria (-141), Construção Civil (-41), Serviços (-122) e Agropecuária (-7).
Sem emprego os mairiporanenses diminuíram as compras e muitos deixaram de comprar. Isso se refletiu nas vendas de final de ano, que frustraram as expectativas dos comerciantes. A queda estimada foi de 4% na comparação com 2015.
Região – As cinco cidades que integram a região, juntas, fecharam 4.462 vagas de trabalho formal ao longo de 2016. Os desligamentos de empregados com carteria assinada, porém, foi menor que o registrado em 2015.
Desse total, Cajamar respondeu sozinha por quase 70%, ou seja, 3.110 trabalhadores demitidos. Depois, pela ordem, vem Caieiras (889), Mairiporã (316) e Francisco Morato (147). Apenas Franco da Rocha fechou 2016 com saldo positivo, com a criação de 310 vagas.
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