O caso da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio e engravidou, trouxe luz a essa questão que aparece em todas as estatísticas criminais. Em Mairiporã não é diferente: só este ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, de janeiro a junho, foram 13 casos, dos quais 9 contra vulneráveis (deficientes, idosos ou pessoas que não tinham condições de se defender, como acamados ou sob efeito de bebida alcoólica). Na média, 2 estupros por mês.
Esse número é menor na comparação com o mesmo perído do ano passado, quando o total desse tipo de crime registrou 16. Os estupros em Mairiporã tem números assustadores: 36 em 2019, 34 em 2018, 15 em 2017, 21 em 2016 e 14 em 2015.
Nas outras cidades da região, este ano, em seis meses, 8 estupros ocorreram em Caieiras, sendo 7 contra vulneráveis; 12 em Cajamar, a metade contra vulneráveis; 13 em Francisco Morato, todos contra vulneráveis e 26 em Franco da Rocha, com 16 casos com vulneráveis.
Na soma dos cinco municípios, foram 72 estupros, 51 contra vulneráveis, ou seja, 70,8% do total, média de 12 crimes por mês.
Com a pandemia de Covid-19 e as pessoas mais tempo dentro de casa, os especialistas acreditam que tenha se agravado a subnotificação.
Especialistas apontam que a escola é uma importante porta de entrada para as denúncias, mas com as aulas suspensas, muitas crianças e adolescentes passam mais tempo com os seus agressores. (Da Reportagem)
