Mairiporã: história, cidadania e o futuro que iremos construir

“Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos”. (Euclides da Cunha, em “Os Sertões”)

Dia 27 de março, Mairiporã celebrou mais um ano de sua história. Mais do que uma data comemorativa, esse aniversário nos convida a refletir sobre o papel de cada cidadão na construção de uma cidade cada dia melhor.
O nome Mairiporã vem do tupi-guarani que significa “Cidade Bonita” e para outras vertentes “água bonita de Maíra “. A palavra é formada pela junção de “maíra” (entidade mitológica tupi), “y” (água) e “porang” (bonito). Tem suas raízes fincadas desde os tempos dos povos indígenas, que habitavam suas terras ricas em água e vegetação exuberante. Durante o período colonial, a região se destacou como rota de tropeiros e pelo desenvolvimento da agricultura.
Oficialmente fundada em 1889, ainda com o nome de Juqueri, Mairiporã se tornou município independente em 1948, consolidando-se como um espaço de identidade cultural própria, cercado por riquezas naturais e um importante patrimônio ambiental.
Atualmente, a cidade se destaca por sua localização privilegiada, sendo um refúgio verde próximo à capital paulista, atraindo turismo ecológico, esportes de aventura e promovendo qualidade de vida aos seus habitantes. Entretanto, como qualquer cidade em crescimento, Mairiporã enfrenta desafios significativos, como infraestrutura, preservação ambiental, entre outros.
A questão que se impõe é: que tipo de cidade queremos para o futuro? A resposta está em nossas mãos. O papel do cidadão não se limita ao voto; ele se expande para a participação ativa na vida pública, no respeito aos espaços coletivos, na promoção do cuidado ambiental e no fortalecimento dos laços comunitários.
O crescimento da cidade deve ser guiado por princípios de sustentabilidade e inclusão, garantindo que as futuras gerações também possam usufruir de suas belezas naturais e de uma infraestrutura de qualidade.
REFLEXÃO – Mairiporã não se constrói sozinha. Cada um de nós tem um papel essencial nesse processo. O aniversário da cidade deve ser mais do que uma lembrança do passado; deve ser um compromisso com o futuro. Que possamos celebrar essa data renovando nossa responsabilidade com a cidade e com aqueles que nela vivem. Porque uma cidade forte não é feita apenas de história, mas de cidadãos conscientes e atuantes.
O futuro de Mairiporã depende do que cada um de nós escolhe construir hoje, e como deixaremos esta amada cidade, para nossos filhos, netos e bisnetos, enfim para nossa posteridade.

 

Raphael Blanes é Servidor Público Municipal, formado em Gestão em Saúde Pública, Técnico em Vigilância em Saúde com ênfase no Combate às Endemias, especialista em Gestão Hospitalar, graduando em Filosofia e Psicologia. Instagram: @raphaelblanes Email: blanes.med@gmail.com.