Mairiporã é reprovada no programa que mede a preservação do meio ambiente

Mairiporã é um município que concentra 80% de seu território classificado como área de proteção ambiental. Além de matas e rios, tem uma das seis represas que integram o Sistema Cantareira, que abastece com água mais de 7 milhões de pessoas.
Nem essas credenciais são suficientes para que a cidade consiga atender aos requisitos do Programa Município Verde-Azul, criado pelo Governo do Estado, para avaliar a defesa do meio ambiente. A qualificação, que dá direito a um certificado, exige no mínimo 80 pontos. Dos 645 municípios paulistas, mais de 600 aderiram ao programa.
A proposta é medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental nos municípios e estimular e auxiliar as prefeituras na elaboração e execução de suas políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável.
Programa – Lançado em 2007, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, as ações propostas pelo programa compõem as dez diretivas norteadoras da agenda ambiental local, abrangendo os seguintes temas estratégicos: Município Sustentável, Estrutura e Educação Ambiental, Conselho Ambiental, Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana, Esgoto Tratado e Resíduos Sólidos.
Nas 12 edições do programa Mairiporã nunca conseguiu receber o selo de certificação. Ou seja, em todo esse período o meio ambiente nunca foi prioridade do governo municipal, mesmo sabendo-se que a cidade tem rios, matas, represas e é classificado como de ‘proteção ambiental’.
Em 2018 Mairiporã ficou na 295ª posição no ranking, com 17,41 pontos. Foi a pior pontuação da cidade em toda a série do programa, melhor apenas que em 2013, quando obteve 6 pontos.
Região – As demais cidades também não conseguiram a certificação ambiental em nenhuma das edições. É uma das piores regiões do Estado na preservação do meio ambiente.
Pontuações e colocações no ranking: Cajamar (28,61 – 239º); Caieiras (21,45 – 275º), Franco da Rocha (6,63 – 507º) e Francisco Morato (5,72 – 560º).
Este ano, somente 69 cidades foram certificadas em comparação às edições anteriores, nas quais a média era de 100 municípios. Aduz que ações pontuais não são mais aceitas no Programa, que a partir de 2017 passou a exigir implantação de programas e ações efetivas, inclusive com fiscalização do Selo Verde-Azul.