Maiores clubes de São Paulo têm dívida bilionária

Estudo da empresa Ernst & Young, divulgado esta semana, aponta que as quatro grandes equipes do futebol paulista estão com débitos gigantescos. Juntas, devem R$ 2,2 bilhões, montante que cuega a 182% do que deviam há dez anos.

Na análise financeira foram levados em conta os balanços oficiais anuais divulgados pelas agremiações, relativos a 2019. O nível de dívidas dos clubes chegou a um patamar considerado pelos autores do estudo como preocupante. Principalmente se levado em conta o momento atual, de grande impacto pelo novo coronavírus nas receitas. Isso leva a prever que as finanças devem ficar ainda piores.

No topo da lista, com a situação mais grave, está o Corinthians. O clube aumentou seu endividamento em 425% na última década, enquanto a dívida do São Paulo cresceu 309%. Na sequência aparecem Palmeiras e Santos, com endividamentos de 101% e 66%, respectivamente.

O estudo revela ainda que os quatro times são depçendentes de dirfeitos de transmissão e da venda de jogadores. Quando ambos segmentos vão mal, as contas não fecham. Exceção nesse cenário é o Palmeiras, que conta com faturamentos vindos do estádio.

No caso específico da venda de jogadores, o mais dependente é o São Paulo. Sem as negociações com o exterior, o clube fecha no vermelho. E foi com essa receita que o clube contou nos últimos cinco anos.

Para o gerente da Ernst & Young, Gustavo Hazan, os clubes precisam promover mudanças que já deveriam ter sido feitas lá atrás. E concluiu: “Se os times de futebol fossem empresas tradicionais, já teriam fechado as portas devido aos prejuízos e dívidas acumulados”.