Lixo de ouro, semáforo amarelo

Já escrevi aqui em outras oportunidades sobre a coleta de lixo na cidade. Até ingressei em Juízo com uma ação contra os abusos cometidos na cobrança de taxas e impostos, mas até agora não obtive resposta.
O lixo voltou a ser assunto comentado por toda a cidade. O valor cobrado, que veio acoplado ao carnê do IPTU, é o maior já registrado não só em Mairiporã, mas também em toda a região. Temos aqui um lixo de ouro!
Dezenas de pessoas comentaram comigo e mostraram os carnês, e um fato inusitado pode se observar apenas com uma simples leitura: o total da taxa de lixo a ser paga é maior (por vezes o dobro) do valor do IPTU. Parece mentira, mas é verdade. A coleta do lixo é maior que todos os componentes do IPTU, principal fonte de renda da cidade, ou seja, receita direta, sem ser de outras esferas.
Fico indignado com a falta de ação dos vereadores, que deveriam, por dever de ofício, defender o dinheiro do contribuinte. Mas não, percorrem exatamente o caminho inverso. Se o lixo é cobrado a peso de ouro, o semáforo é apenas imitação de ouro. Tem apenas a cor dele, ou seja amarelo.
As unidades colocadas em toda a extensão da Avenida Tabelião Passarella, já há semanas, não funcionam. Custaram uma nota para o povo (falam em mais de R$ 500 mil) e simplesmente não tem serventia. Gasta-se dinheiro público de forma aleatória e o resultado esperado não chega.
Implantados sob a justificaqtiva de melhorar o fluxo de veículos no centro da cidade, que é intenso, os semáforos, na verdade, transformaram a situação em caos total. E agora, parecem destinados à sucata, a julgar pela ausência de finalidade. E também neste caso, o dinheiro gasto vai pelo ralo, pois uma vez mais o prefeito abusa do direito de brincar com o erário público. Será que a importância gasta com os semáforos, não seria melhor empregada na educação e saúde, ou estas áreas não trazem o retorno esperado pelo prefeito? De qualquer forma, Mairiporã começou 2020 com ouro na taxa de lixo e amarelo no semáforo. Um indicativo que isso tudo vai ser uma espécie de ‘febre amarela’ para o povo de Mairiporã.