MAIRIPORÃ, de acordo com publicação feita pela Imprensa Oficial do Município, tem mais de 400 crianças à espera de vagas em creches. A educação é um direito da criança. Porém, o governo não oferece políticas públicas que garantam o acesso a esse direito, deixando as famílias reféns das instituições privadas ou os pais sem ter direito a trabalhar.
Longe de atingir a meta de oferecer as vagas, a Prefeitura deixa de atender justamente as famílias mais pobres. É o que se pode deduzir dos números divulgados.
Na região central da cidade são 205 menores em busca de uma creche, mais 177 no distrito de Terra Preta, 30 na região do Jardim Spada e mais 12 no Parque Petrópolis. Esses números totalizam 424 crianças que são obrigadas a ficar em casa.
A tendência, segundo especialistas no assunto, é que esse número cresça rapidamente e pode chegar, ao final do ano, a 700 crianças à espera de vaga.
Pais – A redação do Correio tem recebido nas últimas semanas um sem número de reclamações contra a inexistência de oferta de creches. “Não posso trabalhar porque não tem vaga na creche para meus dois filhos pequenos e para sobreviver tomo conta de outras crianças”, disse uma moradora de Terra Preta, que preferiu não se identificar.
Na região central da cidade outra moradora destacou que muitas crianças precisam da creche também para alimentação. “Não é vergonha dizer isso, pois é a realidade que vivemos. As crianças não podem ficar sem comer e um local adequado que permita aos pais trabalharem para o sustento da família”, disse.
Esclarecimentos – A Prefeitura não vem a público esclarecer sobre a falta de vagas e se há um cronograma para a construção de novas unidades e em quais regiões da cidade.
Também não envia nota oficial à imprensa para informar a população que medidas estão sendo adotadas para, pelo menos, minimizar o problema.
