Legislativo produz pouco, mas tem excesso de indicações

O COTIDIANO da Câmara Municipal, com a nova composição empossada em 1º de janeiro, não mudou nada em relação às anteriores e o ‘modus operandi’ segue o mesmo há mais de 30 anos. A receita é a mesma: raros projetos de interesse social propostos pelos vereadores e excessivo número de trabalhos classificados como ‘perfumaria’, ou seja, sem importância.

Nem mesmo a persistência da pandemia da Covid-19 foi suficiente para frear o ânimo dos vereadores mairiporanenses em apresentar uma enxurrada de indicações, das quais 95% sobre temas já apresentados em outras legislaturas.

A cada mudança nas cadeiras do parlamento municipal fica a expectativa de mudanças. Que logo dão lugar à certeza de que tudo vai seguir do mesmo jeito.

Produção – Levantamento feito pelo Correio mostra que entre fevereiro e o final de junho foram apresentadas 462 indicações; 130 moções (117 de apelo, 9 de congratulação e 4 de pesar); 55 requerimentos; 71 projetos de lei (na soma de Executivo e Legislativo); 13 projetos de lei complementar e 8 projetos de resolução. Ao todo foram 23 sessões ordinárias e 3 extraordinárias.

A novidade foi a antecipação do fim do recesso, determinada pelo presidente Ricardo Barbosa. Iniciado em 1º deste mês, com retorno previsto para 1º de agosto, ‘o descanso’ terminou antes e na semana passada, sob a justificativa de necessária análise e votação de projetos importantes para a cidade, os trabalhos foram retomados.

Legenda:

O cotidiano dos vereadores não mudou nada em relação aos antecessores. Indicações dominam a produção legislativa

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