Justiça manda fechar comércio em Mairiporã

DECISÃO da Juíza Daniela Aoki de Andrade Maria, atendendo solicitação do Ministério Público, concedeu parcialmente medida cautelar para determinar o fechamento do comércio que foi reaberto no início da semana, pois Mairiporã se encontra na fase vermelha, em que é proibido o funcionamento de alguns setores.
A principal alegação é que Mairiporã está na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), cujos municípios, assim como a Capital, ainda não podem fugir da quarentena. Na opinião de comerciantes, não foram levados em conta as características do município, que mesmo estando na RMSP tem números baixos em relação ao coronavírus.
A Prefeitura não contestou a decisão, como fez Atibaia, onde as atividades econômicas nunca foram impedidas de funcionar desde março.
Ao justificar a decisão, a magistrada citou que os hospitais referências da cidade, Albano Franco (Franco da Rocha) e Lacaz (Francisco Morato), estão com a capacidade total ocupada desde o início da semana, quando parte do comércio foi reaberto e que o Hospital Anjo Gabriel não conta com leitos UTI. A decisão manda suspender as atividades nos estabelecimentos privados de serviços e atividades não essenciais e que será aplicada multa de R$ 50 mil em caso de não cumprimento.
Reação – Comerciantes e lojistas que há dois dias tinham voltado às atividades, reagiram negativamente à decisão judicial, muitos com indignação, pois entendem que Mairiporã foge dos padrões de outros municípios onde a quarentena se faz necessária.
“Vamos seguir amargando prejuízos e demitindo funcionários”, foi a frase mais ouvida no início da noite de ontem.