IV – PERSPECTIVAS 1ª parte

Capítulo II – Controvérsia e Opinião

1- O planejamento das relações com a comunidade deve ser precedido de detalhada investigação para que a entidade promotora possa se situar no ambiente e programar corretamente as atividades que possibilitarão maior integração entre os entes locais e melhor interação humana. A pesquisa, em relações públicas, é bastante abrangente pois, ao pretender ingressar ou se manter em uma localidade, na condição de benfeitora, a instituição – pública ou privada – tem que conhecer a cultura, os costumes e as tradições do lugar e ser reconhecida como “um dos nossos”, que realmente acrescenta, engrandece, completa e se soma às demais organizações já existentes, não podendo ser tida como um órgão estranho, que intervém negativamente, violenta os sentimentos das pessoas e trunca as realizações próprias da vocação natural da comunidade.
2- Cada comunidade, em função de sua própria natureza e do meio em que está localizada, tem uma particular visão do futuro, deseja se desenvolver de modo a legar às próximas gerações uma sociedade moderna, sem perder suas características originais, sem deteriorar o meio ambiente, sem destruir os valores morais e sociais que a tornaram peculiar. Esta projeção do destino está latente em qualquer agrupamento humano, mas aflora nas pessoas que o compõem, bastando, para delineá-la, aplicar um dos métodos de pesquisa social disponíveis. Genericamente, o homem aspira o exercício da cidadania e sabe que a Constituição lhe garante “a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, mas seu pequeno mundo, simples para ele, parece complexo para os governantes, para os empresários e para tantos líderes e dirigentes que muitas vezes colocam o poder como fim e não como meio para concretizar o que se busca na sociedade que é o respeito aos princípios de justiça, do bem comum, da democracia e da educação, sem os quais não se poderá ter uma política inatacável, própria de Relações Públicas. (continua)