(in)Segurança

No artigo de hoje peguei uma carona em alguns temas que o jornal tem publicado, como a segurança. O prefeito Antônio Aiacyda tem o dever, até mesmo ético, de encarar como se deve esse problema crônico que desafia há muitos anos não só o governo, mas todas as pessoas, sem que haja perspectivas de boas notícias nesse setor.
A violência na cidade, que está próxima de atingir 100 mil habitantes, e entrar para o seleto rol de municípios que chegaram a essa marca, se tornou endêmica e não se vê por parte da prefeitura, ações e medidas concretas para minorar a insegurança que tomou conta das famílias mairiporanenses. Os índices de mortes, roubos e furtos são espantosos e se assemelham aos de cidades de maior porte.
O que o Governo do Estado fez até agora foi enxugar gelo. Geraldo Alckmin, que deixou o posto em abril, nunca fez nada em favor de Mairiporã na segurança pública. Assim como o prefeito, que há dez anos no poder preferiu trocar cumprimentos calorosos com o seu amigo tucano, a encostá-lo na parede e defender que o Estado elaborasse um plano de segurança para o município, que começa pela valorização da polícia e da profissão de policial, passa por estratégias para conter o crime, a modernização do aparato de segurança, até a abertura de novas vagas nos presídios.
Fico a pensar o que pensa Antônio Aiacyda sobre a segurança na cidade que administra, se é que ele pensa sobre o assunto. Ao assumir pela terceira vez o posto maior do Executivo, tem o dever de planejar e colocar em prática medidas para defender o cidadão mairiporanense. As estatísticas comprovam falhas no combate ao crime. Com um efetivo diminuto e equipamentos sucateados, as polícias em Mairiporã pouco podem fazer. Cabe ao prefeito, como representante de quase 100 mil pessoas, buscar respostas e saídas que a cidade espera há muitos anos.