(In)segurança II

Semana passada comentei sobre a falta de segurança na cidade, que nos últimos anos tem batido recordes de ocorrências, das mais graves, como homicídios dolosos, até pequenos furtos. Mas este artigo vai voltar um pouco no tempo.
Nos anos  1970 Mairiporã  ainda era um cidade  tranquila e sem os índices alarmantes de criminalidade  da atualidade.
Em que pese seus prefeitos e vereadores serem pessoas mais simples, de parcos estudos, sem noção do que seria administrar uma cidade, desenvolviam trabalhos voltados  a comunidade. Desde os mais simples até os que exigiam conhecimentos específicos, daí a necessidade de se buscar profissionais em outras urbes.
Naqueles tempos a estrada do Rio Abaixo, já nas proximidades  da estrada de Santa Inês, contava com um posto da policia rodoviaria estadual. Na estrada  velha de Braganca Paulista, na divisa com São Paulo, havia um posto da Polícia  Militar.
Nao existia o Rodoanel e Mairiporã nao se via invadida  por centenas de veiculos como acontece hoje, que atravessam a cidade  para acessar outras rodovias e o próprio Rodoanel.
Se houve avanços, principalmente os tecnológicos, também o aumento dos índices de criminalidade cresceram nos quatro cantos da cidade, aliado ao volume incontrolável de veículos.E por incrível que pareça, o que era para ser aperfeiçoado, piorou: perdemos os postos policiais, que de uma maneira ou outra coibiam crimes e ofertavam mais segurança à população.
O contra-senso é que as administrações que vieram depois, inclusive a atual, demonstraram absoluta falta de poder político junto a outras instâncias, seguiram sem entender o que seja administrar uma cidade, mas mantiveram a impáfia de que tudo sabiam e podiam. E por que não dizer, textualmente, políticos que passaram anos dizendo que gozavam da amizade de governadores e deputados.
O que há trinta, quarenta anos parecia ser um avanço lento no desenvolvimento de Mairiporã, hoje significa um atraso veloz, na mesma proporção em que cresce a criminalidade.