IBGE divulga dados do acesso a saneamento básico nos domicílios do país

Região tem índices ruins em coleta de esgoto

Com base no Censo 2022, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (23), os dados sobre o saneamento básico e coleta de lixo em todos os municípios brasileiros.

Segundo o IBGE, houve uma melhora na última década nos indicadores, porém ainda falta muito para milhões de pessoas que vivem em residências sem esgotamento sanitário, sem o adequado abastecimento de água e sem coleta de lixo.

Ainda de acordo com o Instituto, o levantamento considera como estrutura adequada de saneamento os métodos reconhecidos pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico)

No documento divulgado, o órgão estatístico informou que foram considerados apenas os imóveis particulares e permanentes ocupados, o que deixou de fora do estudo casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva, como hotéis, pensões, asilos, orfanatos e presídios.

Mairiporã– Mairiporã obteve índices considerados ideais, menos em saneamento básico, pois só 74,99% da população conta com coleta de esgoto, número inferior aos das outras cidades da região: Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato e Cajamar.

De acordo com os números, a cidade conta com 95,98% de moradores atendidos com água canalizada; 74,99% com coleta de esgoto, 99,92% com banheiro e 98,02% atendidos com coleta de lixo.

No quesito esgotamento sanitário, além de Mairiporã, Francisco Morato (77,48%), Franco da Rocha (83,52%) e Cajamar (84,56%) também não conseguiram romper a barreira dos 90%.

Brasil – O IBGE revelou que 49 milhões de pessoas vivem em residências sem acesso a esgoto, outros 6 milhões sem abastecimento de água adequado e 18 milhões não contam com coleta de lixo.

O Censo também identificou que a fossa rudimentar ou buraco ainda era a forma de esgotamento sanitário usada por quase 20% da população. Apesar disso, houve melhora no cenário geral. A pesquisa feita no ano 2000 encontrou menos de 45% da população residindo em domicílios com esgotamento por rede. Em 2022, essa quantidade subiu para 62,5%.

Os dados integram uma versão da Pnad Contínua, sobre as características dos domicílios e dos moradores. (Da Reportagem – Foto: Valter Campanato/ABR)