COM O objetivo de dobrar a arrecadação de tributos sobre as apostas, o Governo Federal divulgou na última semana que pretende privatizar as loterias. Segundo ele, empresas especializadas e experientes no ramo, que operam jogos eletrônicos no mundo todo, são investidores que podem chegar ao mercado brasileiro e fazer com que o volume de receitas tributárias sobre as apostas passem, de imediato, dos atuais R$ 6 bilhões para R$ 12 bilhões.
Antes de privatizar o setor (monopólio da Caixa Econômica Federal), o governo dividiu o conjunto de loterias em duas empresas que serão leiloadas: a Lotex (a loteria instantânea, como a raspadinha), que já existe no Brasil, e a chamada “SportBeting” (loteria de apostas, por exemplo, no time que vai ganhar, placar do jogo, prognósticos feitos por meio da internet). Esta última ainda não foi criada no País, mas os brasileiros participam desse tipo de aposta usando sites do exterior.
A Caixa continuará administrando as loterias que opera, como a Mega Sena. Nas duas empresas que serão leiloadas, deve ficar como parceira, com participação minoritária, em porcentual a ser definido.
Lotéricas – Os donos de lotéricas estão preocupados com a perda de clientes. Hoje, os jogos só podem ser feitos na rede física de correspondentes espalhados pelo País. No novo modelo, poderão ser realizados até por smartphones.
Como a evolução do sistema parece inevitável, os lotéricos pleiteiam que a perda de receita com jogos seja compensada pela alta da tarifa em outros serviços prestados pelas lojas, que também atuam como correspondentes bancários da Caixa.
Fonte: estadao