A compra do material, aliada a outras despesas no setor educacional, é uma das principais preocupações dos pais. De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os impostos embutidos nos itens solicitados pelas escolas continuam altos, em muitos casos chegando até a 50% do preço.
O abatimento no Imposto de Renda com esses gastos não chegam a aliviar o orçamento familiar.
Segundo os números do IBPT, a incidência tributária na lista escolar mostra que nos preços de alguns produtos os impostos equivalem a quase metade do valor como a caneta, que tem 47,49% tributados, caderno (34,99%) e a régua com (44,65%). A cola (42,71%), o estojo (40,33%), a lancheira, (39,74%), o fichário (39,38%), o papel sulfite (37,77%), a agenda (43,19%), e todos esses encargos são apenas para pagar os tributos federais, estaduais e municipais.
Os tributos estão embutidos em todos os itens, à exceção dos livros didáticos. Mas, mesmo assim, apesar de possuírem imunidade de impostos, a incidência de encargos sobre a folha de pagamento e sobre o lucro da venda, faz ainda com que tragam uma carga tributária de (15,52%), ou seja, os consumidores continuam perdendo.
O Instituto avalia que os percentuais de tributos sobre os materiais escolares deveriam ser menores já que são indispensáveis para o aprendizado e o desenvolvimento das crianças e jovens. “Infelizmente o alto custo dos produtos é um dos fatores que podem dificultar o acesso dos brasileiros à educação”, assinalou o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike.