Gás sobe cinco vezes mais do que a inflação na cidade

O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, encareceu R$ 9,00 de janeiro até o dia 26 deste mês em Mairiporã. Assim, o botijão de 13 quilos, que antes custava em média R$ 86,00 para entrega, atualmente é comercializado a R$ 95,00, segundo dados obtidos pela reportagem junto a revendas na zona urbana e no distrito de Terra Preta.

A alta, de 10,4%, é cinco vezes maior do que a inflação acumulada no período, que está em 2,05%. O preço nas alturas dificulta ainda mais a vida de famílias em situação de vulnerabilidade, que já sofriam com a falta de gás, mas a situação foi agravada nos últimos meses.

Se o consumidor quiser retirar o produto diretamente na revenda, vai pagar R$ 90,00 em média, enquanto em janeiro o valor cobrado era de 81,00. Para entrega na residência, o custo era de R$ 86,00 e, agora, R$ 95,00.

Entre as revendas, o menor preço para retirada é de R$ 83,00 e o maior R$ 90,00 (diferença de 8,3%), enquanto para entrega varia de R$ 92,00 a R$ 95,00 (3,2%).

Desvalorização – Para analistas econômicos, o preço do gás subiu do mesmo modo que os combustíveis, pelos mesmos motivos: desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço internacional do petróleo. Se em janeiro o barril de petróleo custava R$ 54,00, nesta semana chegou a R$ 65,00, acréscimo de 20,4%. Já o dólar, estava a R$ 5,19 no primeiro mês do ano e agora, R$ 5,50, ou seja, 6% mais caro. Um terceiro fato é a incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Com valor mais “pesado” no bolso do consumidor, o impacto no orçamento familiar é inevitável. E também em empresas que utilizam o gás como insumo, como padarias e restaurantes, que podem aumentar os preços.

Legenda:

Reajuste no preço, desde janeiro, foi de 10,4%, e famílias mais pobres buscam alternativas

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