Os preços dos combustíveis continuam em disparada País afora. Gasolina, diesel e etanol tem aumentos semanais e também o gás de cozinha, botijão de 13 quilos, que bateu recorde histórico neste mês de abril, segundo levantamento de preço divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O valor médio do botijão no Brasil é de R$ 113,48, o que representa quase 10% do salário mínimo, preço mais elevado desde março de 2007. Para especialistas, o gás de cozinha voltou a comprometer fatia considerável do salário mínimo na mesma proporção de 15 anos atrás, o que pesa no bolso do consumidor.
Em Mairiporã o maior preço encontrado nas revendas para o botijão de 13 quilos é de R$ 122,00 para retirada e R$ 128,00 para entrega, ou seja, muito acima dos 10% em relação ao salário mínimo. Já o menor, varia entre R$ 110,00 para retirada e R$ 125,00 para entrega em domicílio.
Hábito – Esse cenário, para muitas pessoas, já resultou em um efeito imediato, que foi a volta ao uso do bom fogão à lenha.
Dados nesse sentido mostram que entre 2013 e 2016, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a população consumia mais gás do que lenha. Isso no entanto começou a mudar a partir de 2017, quando a lenha voltou a ser protagonista no uso doméstico para o preparo de alimentos.
Segundo a mesma pesquisa, em 2020 a lenha já superava o gás em 7% no consumo por todo o País. (Lúcia Helena/CJ – Foto: Renan Omura/Agência Mural)