Fornecimento de vacina em Mairiporã está precário

A VACINA meningocócica C, que previne contra um dos tipos de meningite, está em falta nas unidades de saúde de Mairiporã. Há um mês, em 25 de setembro, postos de saúde consultados pela reportagem informaram que as doses da vacina não haviam sido repassadas pela Secretaria de Estado da Saúde.
De lá para cá, algumas poucas unidades chegaram ao Município, mas foram insuficientes para atender toda a demanda. A vacina faz parte do calendário de imunização obrigatória, sendo administrada aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses e outro na adolescência.
Consultada, a Secretaria de Saúde de Mairiporã disse que as informações deveriam ser solicitadas à assessoria de imprensa da Prefeitura, o que foi feito. Esta, por sua vez, não retornou a demanda enviada pelo jornal, deixando de informar a população sobre o problema da falta de vacinas.
O Ministério da Saúde, consultado pela reportagem, enfatizou que recebeu do laboratório e encaminhou 64% da cota mensal da vacina meningocócica C para as secretarias estaduais. O órgão estadual paulista, por sua vez, se limitou a dizer que solicitou ao Ministério da Saúde as doses necessárias para atender todo o Estado. Um verdadeiro jogo de empurra.
Todas as unidades de saúde em Mairiporã, procuradas pelo Correio, disseram que não tinham a vacina.
Gravidade – Apesar de outras vacinas protegerem contra meningite no Sistema Único de Saúde (SUS), a meningocócica é a única da rede que protege contra a doença causada pela bactéria meningococo do grupo C – tipo prevalente entre as meningites bacterianas e que desperta atenção por causa da possibilidade de gerar quadros graves.
Na rede privada, a vacina contra esse e outros tipos de meningite, chamada de ACWY, custa em torno de R$ 350.