Fim de coligações reduziria siglas em 125% na Câmara de Mairiporã

AO INVÉS de nove partidos com representação no Legislativo a partir de janeiro do ano que vem, a Câmara teria vereadores eleitos por apenas quatro partidos se fossem proibidas as coligações partidárias, o que possibilitaria uma correlação de forças entre Executivo e Legislativo.
Sem isso, Executivo e Legislativo vão negociar (inclusive cargos na Prefeitura indicados por vereadores) ou patrocinar toda sorte de barganhas políticas.
Sem as coligações o resultado final seria pulverizado e não favoreceria os partidos pequenos, que isoladamente não conseguiriam atingir o quociente eleitoral. Em Mairiporã esse mínimo de votos para eleger um parlamentar foi de 3.139.
Sem as coligações, apenas os partidos PSDB (8.502 votos), PV (5.396), PSD (5.259) e PSC (4.647) elegeriam representantes. Ou seja, essas agremiações dividiriam, de acordo com os votos recebidos, as 13 cadeiras em disputa.
Hoje são sete partidos com representação na Câmara: PSD (3), PV (3), PSDB (2), PSC (2), PPS (1), PTB (1) e PDT (1). Até março deste ano, quando não era permitido o troca-troca partidário, o PSDB contava 3 vereadores, PV (3), PSD (2), PSC (1), PPS (1), PR (1), PRB (1) e PTB (1).
Em janeiro o número de partidos com vereadores sobe para nove: PSDB (3), PSD (2), PV (2), PTB (1), PDT (1), PMDB (1), PPS (1), PSC (1) e REDE (1).
O artifício da coligação, portanto, não reflete a vontade do eleitor, que elege nomes sem imaginar que ajudará candidatos que não conseguiriam votos suficientes sem a junção de dois ou mais partidos, que em última análise distorce a realidade expressa nas urnas, ou seja, a vontade do eleitor.

Fonte: g1

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