O SENADO aprovou de forma definitiva, na noite de terça-feira, 3, o fim das coligações partidárias para as eleições em 2020, que serão municipais. Com a proibição de siglas se juntarem, a maioria dos partidos será afetada na tentativa de eleger vereadores em municípios do porte de Mairiporã.
Se as regras tivessem sido aplicadas no pleito do ano passado, com base nos números registrados naquela oportunidade, de 29 agremiações, apenas 4 conseguiriam alcançar o coeficiente eleitoral, que é a divisão do total de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa.
A reforma também acabou com a possibilidade dos partidos se unirem em federações ou agrupamentos, o que reforça a decisão de que cada agremiação deverá disputar sozinha, sem divisão de vagas para um ou mais partidos. E prevalece a regra de preencher 30% das vagas para mulheres.
Alguns líderes partidários ouvidos pela reportagem disseram que a situação ficou bem mais difícil. “Se já era trabalhoso preencher o total de vagas disponíveis com a junção de dois ou mais partidos, imagine agora que acabaram com as coligações”, disse o presidente de um pequeno partido da cidade.
A disputa também vai ficar mais acirrada dentro dos próprios partidos, pois a composição de candidatos tem de ser forte, para alcançar o coeficiente, ao mesmo tempo em que a união de muitos ‘caciques’ pode deixar de fora, dentre os eleitos, importantes quadros políticos.
Reportagem – De acordo com a reportagem do Correio publicada na semana passada, se as coligações não fossem permitidas no ano passado, PSC (que teve Aladim como candidato a prefeito), PV (que teve Márcio Pampuri concorrendo à reeleição), PSDB (com o prefeito eleito Antônio Aiacyda) e PSD (à reboque do candidato Pampuri), seriam os únicos partidos que alcançariam o coeficiente.
Das quatro legendas, três tinham candidatos a prefeito, o que pode ser um indicativo para as eleições de 2020.
Ainda de acordo com a reportagem, o PSDB elegeria 5 parlamentares, o PV três, o PSD outros três e o PSC ficaria com as duas vagas restantes.
