Dentre os grandes problemas que a cidade enfrenta está o trânsito. Seria até um contrassenso, levando-se em conta o tamanho da malha viária de Mairiporã, com poucas vias em busca de soluções nem tão complicadas. O tema é complexo e pode ser dividido em conservação de vias, crescimento da frota, falta de planejamento e mobilidade urbana e o tráfego intenso pelo centro, e também o desrespeito às leis por parte dos condutores.
O trânsito na cidade gera tensão e estresse aos motoristas e às pessoas em situações de locomoção (de carro, moto ou mesmo à pé) nas pequenas e estreitas ruas que estão principalmente na região central.
O Departamento de Trânsito teria como missão resolver todos esses problemas, porém as iniciativas ou são reduzidas ou são inadequadas.
Excesso de multas, estacionamentos indevidos, cobrança no sistema de estacionamento rotativo (zona azul), que hora tem, hora não tem, e o desrespeito dos motoristas, são alguns dos ingredientes que integram a falta de interesse e de projetos na chamada mobilidade urbana.
Nos últimos 20 anos, Mairiporã experimentou um crescimento populacional e também na frota de veículos incompatíveis com aquilo que se é oferecido ao pedestre e aos motoristas. O pouco que se realizou foi na base do improviso.
Não sei quando as autoridades trabalharão no sentido de acabar com esses problemas, e se de fato terão vontade de fazê-lo.
Não queremos mais multas, lombadas e falta de conservação nas vias pavimentadas. Faz tempo que o remédio para esses males não passa de paliativo. Os improvisos experimentados não devem mais prosperar. Estamos próximos dos 100 mil habitantes e o governo municipal precisa desenvolver um projeto que atenda aos interesses da cidade e acabe com a velha ladainha de que temos apenas ‘a rua de baixo, a rua de cima e a rua do meio’.