Fidelidade política

A fidelidade é uma moeda rara e valiosa no meio político. A infidelidade é como um vaso trincado. Já dizia o poeta João Nogueira em uma de suas composições, “Se ela fez com ele, vai fazer comigo, exatamente igual.”
E assim tem sido as traições ao longo da história. Enquanto órgão que registra a história da cidade, muitas dessas traições foram vistas nas últimas três décadas na vida política de Mairiporã.
Na Câmara Municipal, então, nem se fala. Alguns parlamentares, pelos mais diversos motivos (ciúmes, inveja e traição pura e simples), antes do pleito partilham dos mesmos ideais, assinam o mesmo programa de governo oferecido ao eleitor, comungam das propostas e até brigam com adversários por conta da luta ferrenha pelo voto.
O jornal viu e escreveu algumas e outras apenas soube de ouvir dizer. São dezenas de histórias sobre traições logo após a posse dos eleitos. E tem politico que se tornou useiro e vezeiro nessa prática. Pior, há ainda quem acredite nele. Esses parlamentares, como fossem dono de armazéns, transformaram suas carreiras em negócio lucrativo, porém imoral.

Na atual gestão municipal não foram poucas as traições, tudo em nome do benefício pessoal e da falta de interesse pelo coletivo.
A lealdade, a fidelidade no meio político, é bom frisar, é uma moeda extremamente valiosa. Ela não é útil somente nos entraves ou nos embates políticos. É fundamental na vida das pessoas. A fidelidade e a lealdade envolvem dois componentes desafiadores: a vaidade e a ambição. Renunciar a vaidade e a ambição é maior prova de lealdade e fidelidade a uma pessoa, a uma família ou a um grupo político.
Infelizmente, exemplos negativos tem maculado o relacionamento no meio político, principalmente por aqueles que desprezam o berço que um dia usaram para se eleger.
Mesmo sendo uma cidade pequena, de líderes políticos escassos, ainda há os que preferem a infâmia à fidelidade.

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