Além das previsões de tarólogos, numerólogos, astrólogos, videntes e adivinhos, o que podemos esperar de 2022, ano que promete ser um dos mais difíceis já enfrentados pelos brasileiros, especialmente porque teremos eleições que prenunciam uma guerra de candidatos nunca antes vista neste país.
Ingredientes os mais diversos vão permear o transcorrer do novo ano, que ainda convive com pandemia, aliada agora a um novo surto de gripe, economia ladeira abaixo, desemprego ainda em alta, e um custo de vida de fazer corar de vergonha até aquelas poucas republiquetas de banana que ainda existem aqui e ali.
Tudo isso junto e misturado vai muito além da imaginação dos pobres mortais e o resultado não pode ser previsto nem mesmo para aquela turba que abre este artigo.
Os dados correntes de atividade econômica e confiança apontam para uma desaceleração importante do crescimento econômico. A alta taxa de desemprego, a inflação elevada, juros mais altos e a incerteza fiscal e política, dentre outros ingredientes, são vetores que ajudam a explicar o quão tenebroso poderá ser 2022.
Sem dúvida um quadro desafiador, porém com a esperança (sempre ela) de que a inflação recue, o PIB cresça, ainda que minimamente e o desemprego recue.
Ano eleitoral é sempre imprevisível, com fatos e análises que mudam como as nuvens, já dizia Magalhães Pinto, ex-governador de Minas Gerais, tamanha a velocidade com que se alteram as coisas neste cenário que já é beligerante.
De forma geral, caminhamos para o encerramento de 2021 em situação delicada e muito distante daquilo que imaginávamos em janeiro. Se por um lado o País avançou em seu processo de vacinação, o que ajudou a controlar a pandemia e na retomada econômica, e até deu um certo ar de normalidade, por outro, castigou a população em áreas das quais se esperavam bons resultados.
Analistas dizem que ainda é muito cedo para uma visão mais clara do que teremos no ano que vem, inclusive e principalmente em relação à Covid, que não dá trégua e surge com variantes que parecem mais contagiosas, ainda que não tão agressivas.
Sem ter a quem apelar, sem respostas e diante de um cenário nada propício, assustador mesmo, resta aos brasileiros orar, rezar com fervor para ver se Deus, em sua infinita bondade, pode ao menos apontar um caminho.