FECHEM A CÂMARA!

A recusa dos nove vereadores que apoiam incondicionalmente o prefeito Antônio Aiacyda, de abrir investigação sobre a locação de um imóvel no bairro do Mato Dentro, destinado a abrigar uma escola, que nunca funcionou no local, com aluguel de R$ 4.200 ao mês, e que ao final do contrato ainda ‘premiou’ a proprietária do referido imóvel com um cargo em comissão no quadro de funcionários da Prefeitura, demonstra de forma cabal que o Poder Legislativo não fiscaliza, por dever de ofício, os atos do Executivo.
A proposta de um municípe, de se abrir uma Comissão Processante para apurar os fatos e, se fosse o caso, punir o prefeito, foi rejeitada de forma abjeta.
Além das redes sociais, o fato tomou conta nas conversas de restaurantes, lanchonetes e nas reuniões das famílias de bem desta cidade.
A moralidade, que deveria nortear o desempenho parlamentar, é um dos princípios constitucionais da administração, contida também no juramento de posse dos vereadores: “PROMETO EXERCER COM DEDICAÇÃO E LEALDADE O MEU MANDATO, RESPEITANDO A LEI E PROMOVENDO O BEM-ESTAR DO MUNICÍPIO”. Juramento que os vereadores parecem ter esquecido durante os últimos dois anos e meio da atual legislatura e do mandato do prefeito Antônio Aiacyda.
O fato de a denúncia levantar suspeitas sobre aquilo que fez o prefeito, não justifica seu arquivamento ou devesse ser ignorada, até porque o Ministério Público conheceu a denúncia, e mandou instaurar Inquérito Civil. E aqui, cabe um parênteses: os vereadores fieis ao prefeito deveriam agir da mesma forma e investigar, e não deixar apenas na conta da Promotoria.
O princípio de moralidade é fundamental na administração pública para quem tem vergonha e é honesto. Essa imoralidade praticada pelos 9 vereadores que rezam na cartilha do prefeito, ao ignorar a denúncia em questão, é só uma das muitas que não prosperaram justamente por Aiacyda contar com maioria em plenário.
A população de Mairiporã não pode esperar mais nada da Câmara Municipal. Seus integrantes não observam os mais elementares preceitos daquilo que reza a liturgia do cargo. Não há intreresse em fiscalizar, em prestar contas ao povo, em defender o dinheiro público e em punir aqueles que, uma vez eleitos, fazem do cargo um negócio particular e, porque não dizer, de família.
O que se pode recomendar, diante de tamanho descalabro, é que FECHEM A CÂMARA!