Falta só um!

O ano de 2019 está indo embora e não vai deixar saudade em ninguém. Se em nível nacional muito pouco foi mudado (exceto a reforma da Previdência), em Mairiporã foi tão ruim quanto os outros dois da atual administração.
Claro que o prefeito, com maioria folgada na Câmara, deitou e rolou. Aprovou tudo o que era de seu interesse: empréstimos bancários, troca de áreas no centro, substituição de empresas coletoras de lixo como se fosse troca de camisa, aumentos em taxas de lixo e iluminação, semáforos que funcionam de acordo com a temperatura ambiente, manutenção de mais de 150 cabos eleitorais em cargos de comissão, enfim, um festival de ações que, infelizmente, foram corroboradas pela Câmara.
Vereadores e o senhor alcaide certamente não tem visão ampla dos problemas da cidade. Resumiram tudo, em três anos, a pavimentação asfáltica. E concretagem também. Asfalto que, a bem da verdade, já está se desmanchando na maioria das vias.
Saúde continua a mesma. Um hospital que custou mais de R$ 10 milhões, com novos gastos para adequá-lo a um AME, segue sem uso e a oferta de atendimento à população carente piora a cada ano, isso tudo naquilo que deveria ser prioridade. Em síntese, não tem hospital, nem AME.
Há uma série de ações que o prefeito preferiu manter apenas na propaganda eleitoral impressa de 2016 e que deve estar esquecida, providencialmente, em alguma gaveta do Paço. A falta de segurança continua a assustar a população, a mobilidade urbana um caos, o saneamento básico completamente esquecido (dezenas de bairro que ainda dependem de caminhão-pipa para ter água), enfim, uma coleção de problemas que não interessaram ao prefeito e aos vereadores.
No distrito de Terra Preta, hoje com mais de 30 mil habitantes, a falta de rede de esgoto segue firme e forte. Inimaginável para um aglomerado populacional, próximo da maior cidade da América Latina, que é São Paulo, não ter um metro sequer de rede coletora de resíduos sólidos. Com o agravante de que o saneamento no município é de responsabilidade da Sabesp.
Aliás, cobrar o cumprimento de contrato com a concessionária nunca foi o forte de Aiacyda. Por muitos anos, porque militava no PSDB, que controla a empresa, se fingiu de morto. Mais recentemente, e não há outra explicação plausível, por desinteresse pessoal.
Diz um sábio ditado que ‘dinheiro não aceita desaforo’. E tudo aquilo que foi feito pelo (des)governo da cidade desde 2017, será cobrado mais adiante. E com juros e correção monetária.
E como também diz um outro ditado, ‘paciência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém’, que a população tenha só mais um poquinho desses ingredientes: falta só um ano para o fim do atual mandato.