Falta mobilidade

Se por um lado a Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana tem realizado ações na primeira nomenclatura do binômio, na segunda nada ainda se viu de concreto.

Um acerto do atual governo foi eliminar o conjunto de semáforos que a gestão anterior havia instalado ao longo da principal via da cidade e em algumas de suas confluências. Sem nenhum planejamento, resultou em dinheiro mal gasto e equipamento jogado no lixo. Outras questões importantes, no entanto, continuam como d’antes, ou seja, sem nenhuma ação efetiva.

Mairiporã mantém intacto o ‘gargalo’ em sua corrente de tráfego na principal via da cidade (Avenida Tabelião Passarella) e isso resulta em congestionamentos nas outras três vias que cortam a cidade e fazem a ligação entre as rodovias Luiz Chamma e Fernão Dias: a já citada Tabelião Passarella, as ruas XV de Novembro e Cel. Fagundes e a Alameda Tibiriçá.

Sistema viário de menos, com poucas e estreitas ruas, e frota de veículo muito acima da capacidade que o município consegue absorver sem que cause problemas. Isso segue incólume, nenhum progresso observado nessas questões.

A Prefeitura, desde muito tempo, ameaça dar especial atenção ao assunto, mas logo esquece. Um Plano de Mobilidade Urbana (não aquele arremedo de propostas pueris aprovado e que está em vigor) é a necessidade premente para buscar, ao menos, minimizar os problemas.

Também cobramos reiteradas vezes que a questão da mobilidade em Mairiporã tem que ser conduzida por profissionais, como por exemplo, engenheiros de tráfego.

O trânsito, desde sempre, conta em sua administração com curiosos, palpiteiros e amadores. Porém, ressalte-se, não é um setor que pode se dar ao luxo de ser administrado dessa forma.

É bom ficar claro que Segurança é uma coisa e Mobilidade Urbana outra completamente distinta.

O novo prefeito se mostra disposto a mexer em ‘feridas’ abertas há bastante tempo. A expectativa é que deite olhos mais atentos à mobilidade, pois a cidade registrou um aumento populacional considerável nos últimos 30 anos, porém a malha viária é a mesma há mais de 7 décadas. A frota de veículos e o fluxo no tráfego oriundo de outras cidades são outros complicadores que elevam os problemas à potência máxima.