Explicações devidas por Dória

Desde o início do coronavírus no Pais, muito especialmente no Estado de São Paulo, o governador João Dória se posicionou como se fosse um paladino justiceiro. De março até data hoje, adotou uma série de medidas para o combate à doença, orientado sabe-se lá por quem, que dentre outras ações foi do isolamento social, passando pela redução do tráfego de veículos, obrigatoriedade do uso de máscara e, nesta semana, à antecipação de feriados para conter a saída às ruas da população no período de seis dias, chamado de feriadão.

Com todo esse aparato, o mínimo que se esperava era que o número de mortos e infectados tivesse sensível redução. Os resultados não foram os esperados. São Paulo (Capital e Interior) não melhorou os números da pandemia e ela segue crescente, com mortes e novos casos confirmados.

O que deu errado?

Com a palavra, o senhor João Dória!

Enquanto em Minas Gerais a doença segue controlada e com pouquíssimos casos, com os setores produtivos da economia funcionando plenamente, em São Paulo o governo impôs rígido controle, fechando tudo, proibindo o comércio e o setor de serviços de trabalhar, sob ameaças, chegando-se ao absurdo de falar em prisões.

Tudo aquilo que Dória propôs e tornou efetivo não ajudou no combate à doença, mas por outro lado criou um exército de desempregados, uma montanha de empreendimentos que postegaram o pagamento de salários e de impostos e uma enxurrada de empresas que quebraram e se viram obrigadas a fechar as portas.

Dória atirou no que imaginou ter visto e acertou naquilo que deveria ter ajudado a proteger.

O que se indaga neste momento é como a Capital e os demais municípios vão sair dessa pandemia. Só Deus sabe. Certeza mesmo, o aumento de chefes de famílias desempregados, comércio falido e uma retomada da economia prevista, segundo os entendidos, para o início de 2022.

Paralelamente a esse quadro absurdo, Dória usa a pandemia e se coloca como adversário de Bolosonaro, antecipando o palanque eleitoral, com direito a troca de acusações e as mais estapafúrdias decisões.

Dória certamente vai pagar caro pelos posicionamentos adotados, muito próximos do que se convencionou chamar de ‘suicídio político’.