Nas últimas décadas, com o avanço da corrupção em todos os níveis da política brasileira, coube à imprensa realizar o papel de fiscalizador, muito saudável para uma democracia. Traduzir o que acontece no País é imprescindível para a sociedade. Nesse particular o Correio tem desempenhado seu papel, principalmente pela forma do prefeito agir como governante e da atuação dos vereadores, a quem caberia fiscalizar o Executivo em todas as suas minúcias.
Não são poucas as questões que envolvem os dois poderes da cidade, cujos representantes foram eleitos pelo povo e a ele deveriam explicar ações no mínimo estranhas e que envolvem o dinheiro público.
Por que o hospital novo, que custou milhões de reais, continua fechado? Dizer que não há dinheiro para tocá-lo é uma desculpa que ninguém mais acredita. Por que o Centro Educacional está fechado? Depois da pronta intervenção do Ministério Público, pelo menos à Justiça o prefeito vai ter que explicar os excessivos gastos da sua construção, o envolvimento com a construtora e, principalmente, por que a obra, que ainda não completou dez anos, está prestes a ruir. Ou algo parecido.
Por que a Prefeitura, que deveria se pautar pela economicidade, como reza a lei, se dispôs a gastar R$ 150 mil para reformar um vestiário do estádio municipal. Mais explicações: Por que o ginásio municipal de esportes está fechado, deteriorado e abandonado? Por que alugou as dependências do Clube de Campo para nelas instalar a Secretaria de Esportes?
E soube por este semanário, que o prefeito pretende emprestar R$ 10 milhões da Caixa Federal, para comprar a metade em caminhões e a outra em equipamentos. Como o projeto não se dignou a explicitar os equipamentos, me debruço sobre os caminhões. R$ 5 milhões para caminhões? É isso mesmo?
O prefeito tem muito a explicar, mas parece acreditar que não precisa responder a nada, pois certamente confia que o povo é idiota a ponto de não saber ler nas entrelinhas e que rapidamente tudo cai no esquecimento.
Explica, prefeito!