Está tudo abrindo, e agora?

Li nos últimos dias, em uma rede social, sobre como era boa a sensação de ver o mundo voltar ao normal. Provavelmente, a postagem estava ligada às reaberturas que podemos ver pipocar em diversas cidades. Economia? Não só, ansiedade.
Dizem que uma mentira dita 100 vezes se torna verdade. Então o que acontece se a gente repetir que a ameaça foi embora?
Repitamos que o número de casos não aumenta e que muitas pessoas simplesmente não deixaram de seguir as medidas de segurança, exaustivamente recomendadas. Repitamos também que reabrir as lojas significa uma imediata necessidade de sair de casa para comprar e fazer coisas que, muitas vezes, poderíamos fazer até mesmo via internet.
Quem sabe não funciona?
O excesso cansa, é compreensível. Excesso de informações e de tempo e de cuidados e de preocupações. Se eu fechar os olhos para um copo transbordando, ele deixa de transbordar?
Me perguntaram se eu não sairia de casa nunca mais. Do fundo do meu ser, espero sair. Ficar tanto tempo em casa, trabalhar em casa, estudar em casa, não se tornou o grande sonho de vida que muitas vezes pareceu ser. Mas manter a calma é importante.
A ansiedade pode atravessar as coisas em momentos nos quais tudo que a gente precisa é pisar no freio.