AS ELEIÇÕES terminaram, menos para a Câmara de Vereadores. Na última sessão do ano, em 11 de dezembro, o parlamento municipal vai eleger o seu presidente para o próximo e último biênio da atual legislatura, 2019/2020.
As articulações, embora segmentos próximos ao Executivo neguem o fato, começaram desde o retorno do recesso, no final de julho, e pelo menos dois nomes despontam: Ricardo Barbosa (PSDB) e Ricardo Ruiz (PSD). Ambos integram a tropa de choque do prefeito, ou pelo menos integravam até outro dia.
A tendência é que os vereadores sigam a cartilha de se escolher aquele que recebe as benções do prefeito, que em última análise, é quem decide. Infelizmente tem sido assim nos últimos 30 anos.
Oposição – Tecnicamente, a gestão tucana não tem oposição na Câmara. Mas nada impede que isso seja mudado do dia para a noite, pois os que não foram eleitos pela coligação do PSDB em 2016 podem voltar à condição de adversários políticos.
No início da gestão todos foram convidados a ingressar na base do Executivo e para tanto receberam benesses como a indicação de ‘cabos eleitorais e correligionários’ para ocupar cargos de comissão nos quadros da Municipalidade.
Com a opinião púb
lica desfavorável ao governo, comprovada pelo desempenho do prefeito nas urnas, muitos vereadores pensam que a hora de ‘pular do barco’ se aproxima.
Entre os dois possíveis candidatos, estranhou-se o posicionamento do vereador Ricardo Barbosa, até outro dia um ‘soldado’ leal ao prefeito, que na sessão de terça-feira, 30, votou contra projeto de interesse da Prefeitura, enquanto seu provável oponente, Ricardo Ruiz, votou a favor. Pode estar nesses comportamentos o sinal de que a eleição do presidente pode perfeitamente ter disputa pelo voto em plenário. As movimentações nos bastidores tem sido intensas.