Em vídeo nas redes sociais, ontem pela manhã, o prefeito Aladim informou à população que a empresa de ônibus EMT (Eduardo Medeiros Transportes), contratada de forma emergencial pela administração do prefeito Antônio Aiacyda, em agosto do ano passado, cujo contrato vence no final deste mês, está deixando a cidade.
Operando no início com 32 ônibus, nas últimas semanas 19 carros haviam sido retirados e inúmeras linhas suspensas. Inclusive, segundo o prefeito, havia mandado de busca e apreensão dos veículos. Aladim disse que está trabalhando no sentido de restabelecer em seu plenitude o transporte coletivo urbano da cidade.
Prefeito e Câmara – Desde o início de 2020 que o então prefeito Antônio Aiacyda e a maioria dos vereadores envidaram todos os esforços para tirar o serviço de transporte urbano da Empresa de Transportes Mairiporã, que operava as linhas há mais de 20 anos.
Na oportunidade, todos eles, prefeito e vereadores, foram alertados de que uma mudança repentina de empresa, com tarifas mais baixas, não aguentaria os prejuízos financeiros. E isso aconteceu dias antes do término do contrato.
Mairiporã é uma cidade peculiar, pois tem um território de mais de 320 quilômetros quadrados, o que faz com que os ônibus urbanos percorram grandes distâncias. Isso tem um custo que poucas empresas podem arcar.
A mudança foi feita a toque de caixa em ano eleitoral.
Como fica? – Segundo o prefeito Aladim, uma nova contratação emergencial será feita, enquanto o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não libera a licitação para escolha definitiva, por 10 anos, de uma nova empresa. E o TCE suspendeu, porque havia erros propositais no edital lançado.
Resta saber que empresa de fora aceitará a missão de operar para um contrato emergencial, e qual será o custo da tarifa. A que vinha sendo cobrada, como se viu, não foi suficiente para cobrir os gastos da empresa, dentre outros problemas.