EM APENAS noventa dias de 2017 (janeiro, fevereiro e março) foram registrados 32 acidentes de trânsito na zona urbana de Mairiporã, com duas vítimas fatais. No mesmo período, no ano passado, os números foram bem menores: 25 acidentes e 1 morte. Ou seja, aumento de 28% nos acidentes e 100% nas mortes. As informações são da Secretaria de Estado da Segurança Pública. A maior parte dos acidentes, com base na análise das ocorrências, foi por imprudência.
Ao longo de todo o ano de 2016 foram registrados 82acidentes e, nessas ocorrências, 6 pessoas perderam a vida em Mairiporã. No primeiro trimestre do mesmo ano aconteceram 25 colisões ou atropelamentos, com 1 morte.
Especialista em mobilidade urbana, Clóvis Pereira de Camargo, que reside em Mairiporã, disse que para reduzir a quantidade de acidentes de trânsito é fundamental a conscientização do motorista. Muito melhor do que multar é investir em dispositivos como semáforos e segurança. Coibir infrações com multas não tem sido um método eficiente. E destaca que o mau comportamento humano é o responsável pelos acidentes.
Mesmo com poucas vias para escoamento do tráfego oriundo de outras localidades, além de uma frota com quase 50 mil veículos, o trânsito em Mairiporã não pode ser considerado seguro e organizado. Longe disso. A sinalização é ruim, a fiscalização, muitas vezes, é feita de acordo com ‘cara do freguês’ e as pessoas dirigem de forma imprudente. Como exemplo, cita que dirigir alcoolizado ou mexer no celular são infrações passíveis de multa, porém essas irresponsabilidades ocorrem todos os dias.
Clóvis lembrou ainda que o pedestre é muito desrespeitado pelos condutores e um dos remédios seria diminuir o limite de velocidade no perímetro urbano.
