Em nome da governabilidade

A forma como o prefeito Antônio Aiacyda governa a cidade é bastante peculiar. Aliás, talvez faça jus ao seu grau de conhecimento das coisas. Já de um bom tempo vive a dizer para quem quer ouvir que a prefeitura não tem dinheiro para nada e que por isso mesmo muito do que deveria ter sido feito não foi.
Por outro lado, é rápido ao tomar decisões que, mesmo envolvendo o tal dinheiro que ele diz não ter, garantam a governabilidade, ainda que isso custe recursos do erário. Inúmeras são as situações que podem ser citadas, a começar pela quantidade absurda de aliados políticos nomeados em cargos de comissão.
De uns dias para cá, entretanto, a conversa é que uma nova secretaria será criada, ao custo de R$ 12.087,95 mensais (só com o titular, sem contar assessores que certamente o acompanharão), o que dá ao final de doze meses R$ 145 mil, para acomodar uma situação absurda. O senhor prefeito vai tirar um vereador de sua cadeira (Alexandre Boava, que me causa espanto aceitar esse conchavo) para fazer retornar Fernando Ribeiro, que perdeu o lugar por conta de imbróglios ainda das eleições de 2016.
Ora, senhores, como aceitar que a cidade siga com um parque linear abandonado, praças e rotatórias em franca decadência, necessitando urgentemente de conservação, estradas e ruas de terra em loteamentos distantes (em dias de chuva o ônibus nem se aventura a chegar nessas localidades), ou seja, tudo ao Deus dará. O mato toma conta de tudo e não se pode fechar os olhos ao surgimento de insetos e outros animais.
O cúmulo do absurdo não é o prefeito deixar de fazer. É não ter a capacidade de conservar o que foi feito.