De acordo com dados da Fundação Seade, Mairiporã registrou queda expressiva no número de nascidos vivos a cada mil habitantes nos últimos 21 anos. Levantamento realizado pela reportagem levou em consideração o período em que a Fundação começou a divulgar dados relativos à taxa de natalidade, no ano de 2000.
Por outro lado, esses números revelam que a cidade está ficando mais velha em razão do aumento da longevidade da população, o que leva à redução de nascimentos.
Essa taxa de natalidade foi reduzida na cidade de 21,74 nascidos vivos a cada mil habitantes em 2000, para 10,40 no ano passado. A queda foi de 47,8% no período analisado. No Estado de São Paulo, a taxa média em 2021 foi de 11,64%.
Envelhecimento – Por outro lado, Mairiporã vê a sua população envelhecer, hoje com índice de 74,60%, também de acordo com dados da Fundação Seade, mas ainda abaixo do índice médio do Estado, de 83,89%.
Dados de 2021 mostram que a cidade tinha 13.818 pessoas na faixa etária acima de 60 anos. Há uma década, em 2011, eram 8.328, crescimento de 39,8%.
Na comparação com as demais cidades da região, Mairiporã tem o maior índice de envelhecimento. Caieiras vem a seguir com 64,01%, Franco da Rocha (55,61%), Francisco Morato (48,49%) e Cajamar (46,89%).
O índice de envelhecimento é a razão entre os componentes etários extremos da população, representados por idosos e jovens. Valores elevados desse índice indicam que a transição demográfica encontra-se em estágio avançado.
Médicos e analistas apontam que a considerável parcela de pessoas idosas que está vivendo mais, é consequência do acesso a melhores condições de vida. Por outro lado, significa maiores gastos com saúde pública e uma inversão da pirâmide etária, com mais idosos do que jovens, o que também vai impactar a Previdência Social.
Projeções da Fundação Seade mostram que Mairiporã terá 19.679 idosos em 2030, crescimento de 29,8% em relação a 2021, e que chegará a 2050 com um total de 31.849 pessoas com idades acima de 60 anos. (Salvador José/CJ – Foto: Marcelo Camargo/ABR)
