O SISTEMA Cantareira acumulou 1.008 milímetros de chuva em 2019, entre janeiro e setembro, representando o maior volume para o mesmo período dos últimos três anos.
Segundo o Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as chuvas nas cidades que são atendidas pelo Cantareira, mas em setembro foram 86,6% menores em relação a agosto, caindo de 54 mm para 29,4 mm. O mês marca a entrada da estação chuvosa.
Cada milímetro equivale a um litro de água acumulada por metro quadrado. É uma forma de medir a quantidade de chuvas numa localidade. O valor é medido por pluviômetros.
No ano passado, nos nove primeiros meses, o Vale registrou 1.008 mm de chuva acumulada, com 29,4 mm em setembro. Em 2017, foram 728 mm e 53,1 mm, respectivamente.
O volume também foi maior em 2017 na comparação com 2018, com 16,3 mm em setembro e 909,8 mm no ano. Ou seja, o menor volume de chuva se deu nos primeiros nove meses do ano passado.
Desde a crise hídrica, em 2014, a região registra oscilações na precipitação, com períodos do ano mais e menos chuvosos.
Represas – As chuvas também não tem sido suficientes para recuperar os reservatórios que formam o Cantareira, após o período de estiagem, durante o inverno.
Segundo análise da ANA (Agência Nacional de Águas), o reservatório equivalente da região (média das seis represas) caiu a 41,3% do seu total nesta semana, volume que representa queda de 30,7% na comparação com o volume do mesmo período do mês anterior, de 54%.
Na comparação com agosto, a queda é de 21,7%. O mês registrou volume útil de água nas represas de 50,3%. O inverno mais chuvoso neste ano, no Cantareira, no entanto, foi insuficiente para elevar o armazenamento do volume útil de água no sistema.