A rede elétrica da cidade continua sendo vítima de ‘gatos’. As ocorrências de fraudes e furtos de energia cresceram 29% no ano passado, na comparação com 2016. Os registros passaram de 24 para 31, prática que configura crime e pena de detenção de um a quatro anos.
Segundo informações obtidas pela reportagem, as fraudes mais comuns são ligações clandestinas, a partir de outras redes e adulterações diretamente feitas no medidor. A Elektro, concessionária na região, tem adotado novas tecnologias e a aplicação de mais inteligência nos processos de monitoramento e análise. Medidores inteligentes monitoram e analisam o perfil de consumo na identificação de possíveis variações que indiquem perdas.
Em caso de suspeita, funcionários vão ao imóvel checar se há algo de errado com a rede. Em 2017, foram executadas 255 inspeções em clientes residenciais, comerciais e industriais no município.
Durante todo o ano de 2017, a concessionária conseguiu recuperar um volume de 47 MWh de energia furtada. Esse número seria suficiente para abastecer dezenas de famílias compostas por até quatro pessoas.
Além de responder pelo crime de fraude, o consumidor que faz ligação clandestina precisa pagar os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o furto, acrescidos de multa.
Mais grave do que o prejuízo é o perigo. A pessoa que adota a prática do “gato” coloca em risco suas vidas e da população. “Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais”, assinala a Elektro.