Eleições e as redes sociais

A Justiça Eleitoral pretende agir de forma ágil nas eleições deste ano e punir os que infringirem a lei com a mesma velocidade. Diferentemente daqueles que utilizam as redes sociais para despejar dejetos e transformá-las em penico do mundo, o TSE criou um canal de comunicação em que o próprio cidadão pode e deve denunciar propaganda irregular ou antecipada dos candidatos. Sem dúvida uma boa notícia num momento em que os políticos estão desacreditados e os eleitores desinteressados.
O eleitor deve fazer a sua parte e denunciar aquilo que entender como descumprimento da lei, mesmo que os eventos cotidianos comportem subjetivismos. O candidato sabe e, se não sabe deveria saber o que a lei permite ou não. Fazer campanha antes do dia 16 de agosto é um exemplo do que não pode.
Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que os adversários ficarão em suas casas até essa data. Mas o cidadão tem que diferenciar um simples aperto de mão na feira livre dos sábados, com um gesto mais assuntoso de pedido de voto. Mas é bom que o candidato não utilize uma frase mais velha que Adão e Eva: ‘conto com você’. Isso está proibido. A regra também vale para aparições em festas, shows e até em igrejas, eventos que costumam contar com grandes aglomerações.
Território desregrado, as redes sociais também tem limitações para uso dos aspirantes a cargos eletivos. Tudo isso faz das eleições 2016 algo muito diferente das anteriores, em todos os aspectos, o principal deles a restrição de dinheiro por meio de empresas através de doações. Outro fator é o momento de crise econômica por que atravessa o país. Que ninguém imagine grandes gastos dos candidatos. Essas dificuldades, por outro lado, foram amenizadas de certa forma pela redução no tempo de campanha. Sem dinheiro a saída é gastar sola de sapato.
Outro ingrediente que parece um complicador para os que sonham com a Prefeitura e o Legislativo é a falta de interesse do eleitor em comparecer às urnas. Em 2012 as asbtenções, na soma com brancos e nulos, teve uma perda de 20% dos votos, percentual que muitos apostam, agora, será bem maior.
Com um quadro desses, é importante que o cidadão, voltando ao tema principal, esteja atento aos descasos no cumprimento da lei e denunciem os que corrompem as regras do jogo eleitoral.
É quase uma missão em favor da democracia e do jogo limpo.

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