E a zona?

Mairiporã já foi considerada uma cidade pequena. Hoje, segundo os padrões adotados pelo IBGE, é um município médio. E como tal, sofre de problemas verificados em cidades de porte semelhante, que afetam diretamente a população, porém com um agravante: o prefeito não demonstra vontade em solucioná-los.
Nas últimas semanas tenho usado este espaço para falar sobre o trânsito, que os mais moderninhos denominaram de mobilidade urbana, que segue sem um plano que pelo menos minimize o caos em que se encontra.
O tema hoje é zona azul. Esse sistema de estacionamento rotativo continua na idade da pedra. Fiscalização presencial de agentes de trânsito e cartelas de papel para os proprietários de veículos. Ou seja, há vários anos um processo arcaico que penaliza o comércio, as escolas, clínicas médicas, agências bancárias, atividades que atraem um grande número de pessoas.
O senhor Aiacyda, pelo que li neste semanário e também na imprensa oficial da Prefeitura, andou publicando editais de licitação para terceirizar o serviço e dotá-lo de moderna tecnologia para melhorar não só o trabalho de fiscalização, mas também de quem vai estacionar nas áreas pagas.
O que houve com as tais licitações não sei, ninguém sabe, pois como ocorre com outras questões ligadas à administração, nada é divulgado, explicado, como deveria ser.
A zona sumiu do noticiário, não foi licitada, não será modernizada e quem precisa comprar a cartela de papel seguirá percorrendo, feito via sacra, inúmeros estabelecimentos comerciais em busca do tal cartão.
Nem vou me aprofundar na questão do estacionamento rotativo, que em muitas vias se transformou em estacionamento privativo e permanente. Carros são deixados pela manhã e só retirados à noite.
A cidade tem crescido, lentamente e sem planejamento, e não há qualquer perspectiva de que o trânsito tenha solução em médio prazo. O resultado dessa equação só poderia ser um: excesso de veículos e insuficiência de vontade política em fazer o que deve ser feito.