Mais um ano se vai, esperanças se renovam (porém poucas se concretizam) e, à reboque, trazem consigo os aumentos de impostos. Como se a recíproca fosse verdadeira, ou seja, o dinheiro pago pelos contribuintes retornam em benefícios. Muito pouco disso temos visto em Mairiporã.
Para o novo ano que se anuncia o prefeito senhor Antônio Aiacyda resolveu inovar, ou seja, vai diluir o valor global do IPTU em doze parcelas, ou seja, não mais dez, como se viu nos últimos vinte ou trinta anos. Fico aqui a matutar se o senhor Aiacyda imagina que ao ampliar em duas parcelas o pagamento, o contribuinte não vá notar o aumento aplicado.
Companheiro inseparável do IPTU, o valor da taxa de lixo também surge imponente, como se tudo estivesse às mil maravilhas no serviço prestado. A coleta é mal feita, dezenas de bairros não contam com esse serviço, mas a cobrança não deixa de vir anualmente. Isto posto significa simplesmente que o contribuinte é obrigado a pagar por um serviço que não tem. E pelo que tenho sabido, um novo compomente foi agregado nessa questão: rodízio de empresas que coletam o lixo.
Some-se a esse quadro, loteamentos que não tem suas ruas em perfeito estado e que regularmente deveriam passar por manutenção. Não contam com esse beneplácito, que na verdade é obrigação do serviço público, e que na prática justificaria os altos e caros tributos.
Reclamar a quem de direito é perda de tempo. Aqueles (vereadores) que deveriam cobrar o prefeito, a ele se aliaram. E a banda segue tocando dessa maneira em Mairiporã. Contribuintes prejudicados, que se sentem lesados e que, com o ‘mais do mesmo’ ou ainda ‘o mesmo de sempre’, engrossam anualmente o segmento social que se recusa a pagar impostos.
Pelo que leio, vejo e ouço, o IPTU que deixou de ser pago nos últimos anos tem uma totalização maior que o orçamento da cidade para 2020. E não é, pois, de se admirar que isso ocorra.
Longe de instigar ou incentivar quem quer que seja, o que estamos vendo neste País, nos últimos tempos, são pessoas que não pagam impostos e que desistiram de votar. Quem partilha desse modo de pensar e agir estaria errado?