Dono da cidade e acima da lei

Mairiporã amanheceu ontem perplexa com mais uma decisão do prefeito Antônio Aiacyda, como que a jogar na cara da população que ele manda na cidade e o povo obedece, e que está acima da lei.
Com data de ontem, foi publicado na Imprensa Oficial do Município um EXTRATO DE AFASTAMENTO DE SERVIDOR PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE, entre a Prefeitura de Mairiporã e a Prefeitura de Santana de Parnaíba. E a imoralidade começa aí. Primeiro que o ato deveria ter sido publicado na íntegra, e segundo, não menciona o servidor que será ou já foi emprestado àquele município.
O prefeito subestima a inteligência da população honesta, ignora a opinião pública e os valores cívicos e morais da história. Ao omitir o nome do servidor sinalizou que se trata de seu genro, Adriano de Freitas, quarto colocado no concurso para a Procuradoria Geral do Município de Mairiporã, e que é secretário de Governo em Santana de Parnaíba há seis anos. Como a lei proíbe o exercício em dois cargos públicos, a saída foi emprestá-lo, à custa dos cofres de Mairiporã. Se essa dedução é inverídica, o prefeito tem que explicar ao povo porque o nome do servidor não foi publicado, como deveria ser em nome da transparência no trato com a coisa pública.
É a desmoralização total de um governo que não respeita a população e faz com que a Prefeitura pareça um empreendimento privado.
A suspeita, corroborada, repetimos, pela omissão do nome do servidor emprestado, é que o prefeito agiu para proteger o genro e projetar seu futuro na Prefeitura de Mairiporã. Quando perder o cargo naquela cidade, estará garantido aqui.
A omissão do nome é imoral e indecente. Não tem como não pensar que há algo de muito podre nas entranhas do Executivo. E os vereadores? Não vão se manifestar através das redes sociais? Vão pactuar com essa imoralidade? Não podem se acovardar e tem o dever de ofício de investigar e ir na contramão do que fizeram até agora, ou seja, fecharam os olhos a questões de interesse da coletividade, enfiadas goela abaixo.
Quem age dentro da imoralidade, não serve para a vida pública.
Socorro, Procuradora Geral, Raquel Dodge!!!
Socorro, ministro Sérgio Moro!!!