MAIO é o mês de conscientização sobre uma doença silenciosa, mas que acomete cerca de 55% da população brasileira acima dos 70 anos: a hipertensão arterial. A estimativa é de que 20% de todos os brasileiros convivam com esse problema, causado majoritariamente por maus hábitos como falta de exercícios, má alimentação e tabagismo.
Apesar de a hipertensão arterial ser comum entre idosos, todas as faixas etárias podem ser afetadas. Com o aumento dos casos de obesidade e sobrepeso na população, além de fatores como o estresse, a doença tem abrangido todas as idades.
A hipertensão arterial é o principal fator de risco para outras doenças cardiovasculares, incluindo AVC e infarto, que são, atualmente, as doenças que mais matam no mundo, de acordo com o médico.
Cardiologistas explicam que a hipertensão não apresenta sintomas na grande maioria das vezes, então, para detectar esse problema precocemente, é preciso medir sempre a pressão. “É um procedimento extremamente simples, mas é o único jeito de detectar. Não podemos ficar esperando aqueles sintomas mais clássicos, que as pessoas vulgarmente consideram como os sintomas da hipertensão arterial, como a cefaleia nucal – a dor de cabeça na nuca -, alterações de visão e tontura. São sintomas pouco específicos e não necessariamente estão ligados à hipertensão”, explicam.
De olho – Caso o paciente apresente pressão alta o recomendam que ele procure um cardiologista para dar início ao tratamento, que não só é feito com remédios, mas também inclui uma mudança de hábitos, como controlar o sódio e o sal na alimentação, manter hábitos saudáveis, praticar atividades físicas, ter boa qualidade de sono, e o paciente que é tabagista tem que parar de fumar, perder peso. Ou seja, é um conjunto de medidas. Tomar o remédio é fácil, o problema é conseguir fazer com que o paciente mude os hábitos errados e que, na grande maioria das vezes, já vêm de anos.
Vida saudável – Os médicos afirmam que é perfeitamente possível ter uma vida saudável após o controle da hipertensão arterial. “Uma pessoa com valores de pressão controlados tem praticamente o mesmo risco de ter problema cardiovascular de uma pessoa que não tem o problema”, contam.