Do que Aiacyda tem medo?

Se tudo está em ordem, se todo o processo para compra dos equipamentos e o seu funcionamento cumprem com os objetivos determinados, do que tem medo Aiacyda em prestar depoimento na CEI do Semáforo. Estranho o seu comportamento em não prestar contas à sociedade, afinal foram gastos mais de R$ 500 mil.

Se nada de errado há, por que fugir da convocação? Das explicações devidas ao povo? Afinal, o dinheiro saiu do bolso do contribuinte. Não caiu do céu. Ao evitar a CEI, dá margem a inúmeras interpretações, dentre elas, de que há, sim, problemas com a compra e uso dos semáforos.

A verdade é que o equipamento é um trambolho que foi instalado ao longo da principal avenida da cidade, trouxe mais problemas ao tráfego, provocou intermináveis engarrafamentos e para coroar de êxito a empreitada, não funciona. Desde dezembro do ano passado está com ‘amarelo piscante’.

Usar de recursos intermináveis disponibilizados pela Justiça é um meio não só de fugir ao debate, como postergar um processo que tem data para terminar. O prefeito, com o uso de subterfúgios jurídicos, quer justamente adiar o máximo possível qualquer tentativa de ser interrogado, quem sabe para além das eleições, em que é candidato à reeleição, e ter que escancarar como se deu a compra do equipamento e porque ele não funciona,

Os integrantes da Comissão Especial de Inquérito decidiram seguir a investigação à revelia do prefeito e ao seu final encaminhar o que apuraram ao Ministério Público. Não deixa de despertar curiosidade qual será a recomendação acerca das ações do senhor Antônio Aiacyda em todo esse processo.

A questão relativa ao semáforo é só a ponta do iceberg. O prefeito tem muito a explicar sobre outras ações de seu governo, porém a maioria dos vereadores acordou tarde. Se em 2019 já tivessem usado da abertura de CEIs para investigar supostas irregularidades, hoje o quadro seria outro e muita coisa teria sido revelada.

E quem sabe o prefeito não teria condições de fugir ao debate.