Do outro lado

Ano eleitoral é uma oportunidade excelente para as ‘viúvas’ do poder usar das redes sociais para execrar o Poder Legislativo de Mairiporã, e a ele imputar a responsabilidade de todas as mazelas que porventura ocorram na cidade. Certamente a maioria dessas ações ocorre ou de quem tentou e perdeu as eleições para uma cadeira no parlamento local, ou de quem pretende vir a disputá-la. Não fosse o mau-caratismo de quem age dessa forma, poder-se-ia dizer que se trata de um comportamento endêmico na política da cidade.
A cada quatro anos a população elege seus representantes para a Câmara de Vereadores. Pelos dados estatísticos das últimas três eleições, que totalizam doze anos, o que se viu foi o eleitor muito satisfeito com as escolhas que fez e que resultaram nas composições legislativas, pois na média, 70% dos vereadores foram reeleitos, alguns com votações expressivas.
Então, é de se perguntar: o que há por trás dessas ações nocivas aos interesses do município? A resposta é uma só: interesses pessoais de quem está à margem do poder, das decisões e que acreditam ser a Câmara a panaceia para todos os seus males. Esse grupo é formado, geralmente, por gente pouco afeita ao trabalho e que vive na expectativa de ingressar no serviço público, como se este não fosse um setor sério de trabalho.
A Câmara não é lugar para desocupados e carreiristas. Muitos dos que hoje a criticam, por ela passaram em anos não muito distantes, e que por obra até divina foram colocados para fora. Alguns, até, hoje são ‘donos’ de partidos políticos sem qualquer representatividade e que por isso mesmo nunca receberam votos da sociedade.
Os vereadores pouco trabalham, os assessores são em número muito grande, os salários são milionários. Essas são algumas das qualificações que querem impingir ao Legislativo local. Mas quem as produz, está sonhando com o ingresso no prédio que abriga o Palácio Tibiriçá. Gente sem o menor pudor, que até ontem criticava políticos incrustados no poder, e que hoje lhes faz as honras. Gente sem caráter, sem berço e pobre de espírito.
Infelizmente as redes sociais perderam o sentido para as quais se imaginava tinham sido criadas. Claro que há muita gente boa que se vale dessa importante ferramenta de mídia para tratar de questões interessantes. Mas, em Mairiporã, a maioria a utiliza para defender interesses pessoais na busca daquilo que eles próprios intitulam de ‘grande golpe’, ou seja, ganhar dinheiro sem trabalhar.
A Câmara é um dos três poderes do município, os vereadores foram democraticamente eleitos pelo povo, prestam excelente serviço à população e anualmente tem suas contas auditadas e fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado, que para desespero dos inimigos da cidade, nunca apontaram nada de errado em relação aos seus funcionários. Nem tão pouco os vereadores foram acusados, salvo raríssimas exceções, de malversar o dinheiro público ou atentar contra os interesses legislativos.
O mais importante nisso tudo, é bom frisar, é que no quadro de funcionários há pessoas sérias e trabalhadoras. Os vagabundos estão do outro lado, responsáveis por transformar as redes sociais em penico do mundo.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *