Disputa por cadeiras na Câmara será mais difícil em 2020

OITO partidos políticos contam com representatividade na Câmara de Mairiporã: PSDB, PSC, PV, PSD, REDE, PDT, PPS e PTB. Todos eles já se articulam para aumentar ou ao menos mantes suas bancadas no Legislativo, porém a tarefa que se impõe nas eleições do ano que vem é bem mais difícil. O principal dispositivo que facilitava a conquista de cadeiras pelo partidos mais bem estruturados, a coligação, foi extinto.
Isso leva as agremiações a repensar as estratégias e a necessidade de se montar chapas completas, 20 candidatos por partido, com reserva de 6 vagas às mulheres, e se possível ter um candidato a prefeito que dê maior visibilidade à sigla.
A maioria, no entanto, pelo cenário atual, pode não ter nomes concorrendo à chefia do Palácio Tibiriçá, o que se mostra um complicador. Ter pelo menos um postulante a prefeito, ainda que só como apoio, é importante.
Entre as legendas com maior expressão em nível nacional, MDB, DEM e PT não tem representatividade da Câmara de Vereadores e ao longo dos anos foram perdendo força na cidade.
Com o fim das coligações, MDB, DEM e PT podem ressurgir em condições de brigar por vagas. No PT, há a expectativa de que o partido tenha um candidato a prefeito no ano que vem.
Dificuldades – Siglas que hoje tem assentos no Legislativo vão ter que brigar muito para mantê-los. São os casos do PDT, REDE, PTB e PPS, que só vingaram no pleito de 2016 justamente graças às coligações (elegeram um cada). Sozinhos não teriam vaga no parlamento municipal. Quem também não está confortável com o novo quadro é o PV, que praticamente foi dizimado no município, embora mantenha dois vereadores.
Exatamente a um ano das eleições, a correria nos partidos já começou. Os que tem representação na Câmara podem ter mais dificuldades em formatar chapas, pois passam a impressão de que necessitam de nomes apenas para servir de ‘escada’. Os ‘nanicos’, sempre em dificuldades em amealhar os votos necessários para pelo menos uma cadeira, desta vez se sentem em melhores condições de disputa (sem coligação) e enxergam, ainda que remotamente, chances de fazer um vereador.
Troca-troca – Não há conversas, pelo menos de conhecimento público, que vereadores vão esperar pela abertura da janela partidária, popularmente chamada de ‘troca-troca’, para mudar de sigla.
Essa ‘indecência’ pode ocorrer até 4 de abril, seis meses antes da eleição.