Nem o prefeito, nem o seu entorno e muito menos a população devem esperar por dias fáceis no início do novo ano. Longe disso! Mas muito longe mesmo. Há problemas em nível local que esperam pela intervenção imediata do novo chefe do Executivo, outros que precisam ser analisados com calma e estudados mais minuciosamente e mais outros que não dependem da Prefeitura, mas de outras esferas, como são os casos da crise econômica, do desemprego em alta e da pandemia.
O prefeito eleito vai ter, obrigatoriamente, que usar de muito bom senso e de conhecimento da máquina administrativa para tomar as primeiras providências e, nesse pacote, está a nomeação para cargos comissionados, que merece análise cuidadosa. Um dos fatores que contribuiu para a queda do atual alcaide, foi justamente inchar o quadro de servidores, com ganhos muito acima dos efetivos e que deram pouco ou nenhum retorno.
O cardápio que se oferecerá ao novo prefeito é farto, mas pode ser indigesto se não entendido em todas as suas entrelinhas.
Como em todo o País, o principal problema dos prefeitos que assumem em janeiro é o mesmo: dinheiro! E um velho ditado ainda é valioso não só neste, mas em todos os tempos: “dinheiro não aceita desaforo”.
Mairiporã, e o novo inquilino do Palácio Tibiriçá sabem disso, na esteira de problemas de sobra e soluções de menos. Inexistem políticas públicas, mas um repertório farto de promessas, nunca cumpridas. Pouca gente torcendo para dar certo e déspotas que se fartaram do dinheiro público rezando para dar errado. Isso tudo não é novo, é recorrente na forma de se fazer política em Mairiporã.
São tempos difíceis, tempos em que errar pode custar caro, pode gerar descrédito. Por isso mesmo, é grande a expectativa que o novo prefeito faça tudo diferente do seu antecessor. Só isso já será um começo auspicioso.
Ainda assim, serão dias difíceis.