NAS ELEIÇÕES de 2014 muitos foram os candidatos a deputado (estdual e federal) que receberam expressivas votações em Mairiporã. A contrapartida? Nenhuma. Raros foram os que se lembraram de visitar a cidade ou encaminhar recursos.
O caso mais gritante tem relação com o prefeito Antônio Aiacyda. Naquelas eleições ele se apresentou como cabo eleitoral dos candidatos Fernando Capez (estadual) e Miguel Haddad (federal), ambos do PSDB. O primeiro obteve 4.880 votos e, o segundo, 3.172. Nenhum dos dois sequer pisou em Mairiporã nem mesmo enviou recursos. O único beneficiário foi o próprio prefeito, que em 2014 não tinha qualquer função política, mas que em 2015 apareceu como funcionário da Assembleia Legislativa (AL), no gabinete de Fernando Capez. Logo após denúncia do Correio, ou ele pediu demissão ou seu nome deixou de constar no site da AL.
A prática de apoiar muitos nomes para deputado não é nova. Vem de longa data, porém a classe política local ainda não se deu conta que não passa da conotação de ‘cabo eleitoral’.
Mais votados – Dos cinco candidatos a deputado estadual mais votados, apenas Celino Cardoso (PSDB) conseguiu emendas parlamentares com o envio de recursos do Governo Estadual. Em 2014 ele obteve 5.500 votos (15,44%) dos mairiporanenses.
Os demais nem se lembraram que Mairiporã existe: Fernando Capez (PSDB) 4.880 votos (13,70%); Regina Gonçalves (PV) 889 (2,50%); Marcos Neves (PV) 816 (2,29%) e Ramalho da Construção (PSDB) 799 (2,24%).
Federal – Nenhum dos cinco candidatos mais votados a deputado federal ajudou a cidade a resolver seus problemas. Apenas Sérgio Reis (PRB), através de emenda parlamentar, destinou R$ 1,2 milhão para a compra de equipamentos destinados ao Hospital Anjo Gabriel. Sérgio ficou longe das cinco primeiras colocações, com 761 votos (2,09%).
Os demais sequer pisaram na cidade: Celso Russomano (PRB) 4.825 votos (13,25%); Miguel Haddad (PSDB) 3.172 (8,71%); Bruno Covas (PSDB) 2.419 (6,65%); Tiririca (PR) 1.884 (5,18%) e Penna (PV) 1.448 (3,98%).
Ano que vem – O eleitor mairiporanense não pode, sob pena de condenar a cidade ao retrocesso, que já ocorre, seguir elegendo deputados que descartam a cidade logo após a vitória.
No ano que vem, vereadores e prefeito vão ofertar uma ‘carta’ com nomes de seus preferidos para que o eleitor vote. Ex-prefeitos, ex-vereadores e políticos de modo geral, vão surgir do ostracismo para também pedir votos.
Mesmo com muitos anos de atraso, é uma boa oportunidade que o eleitor tem para colocar um fim nessa situação danosa aos interesses da cidade.
Fonte: uol
